Coronavírus: fábrica de calçados anuncia demissão em massa no Sudoeste baiano
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Os trabalhadores da fábrica de calçados Renata Mello, do Grupo Suzana Santos, com seis unidades no Sudoeste baiano, estão apreensivos com o anúncio de demissão em massa. Diretores da empresa se reuniram com mais de 500 funcionários no pátio de uma das unidades, nesta última terça-feira, 7, para comunicar a decisão. As unidades da fábrica estão distribuídas nos municípios de Maiquinique, Itarantim, Potiraguá, Macarani e Itapetinga (duas plantas).
A fábrica alega prejuízo em decorrência da pandemia de Covid-19 (novo coronavírus) e que não tem condições de pagar em dia os salários dos empregados, que já estão cumprindo aviso prévio.
O cortador Giovane da Silva Ribeiro, de 22 anos, é casado e está preocupado com toda a situação. Mas ele é otimista: “Demissões nunca soam positivamente, claro. Mas se analisarmos que, neste momento, o que importa é a manutenção de nossas vidas, estaremos assegurados com os direitos trabalhistas e com o seguro-desemprego pelos próximos 5 meses”. Segundo o jovem, os diretores informaram que só vão “desligar as tomadas” e que “não estão indo embora”.
Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE) informou que está acompanhando de perto o anúncio de aviso prévio dado pela fábrica aos funcionários das seis unidades. Ainda segundo a nota, em reunião com o presidente da empresa, foi informado à SDE que as fábricas seguirão funcionando e que as demissões só se efetivarão, em 30 dias, caso não mude o cenário da crise econômica, gerado pela pandemia da Covid-19. O grupo garantiu que a decisão não significa o fim das atividades na Bahia, mas uma pausa para que funcionários se previnam do coronavírus e a empresa se recupere economicamente.
O Portal A TARDE entrou em contato, por telefone e por e-mail, com o Grupo Suzana Santos, sediado em Santa Catarina, mas, até a publicação da reportagem, não obteve resposta.
Em um vídeo, que circula nas redes sociais, diretores da fábrica Renata Mello explicam aos funcionários, reunidos no pátio de uma das unidades, que a expectativa da empresa é a de retorno das atividades no mês de julho, quando se espera um melhor cenário da crise na saúde coletiva.
Fonte: A Tarde